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*TERAPIA*- Encontrando o Terapeuta Certo

Atualizado: 17 de dez. de 2020

Procurando TERAPIA?




"O que faz a terapia funcionar é a qualidade de escuta do profissional".

Imagine uma folha de papel flutuando em água de rio. Vai se misturar com a água. Enfraquecer. Se desfazer. Desmanchar. Pois a folha somos nós, lutando inocentes com a vida.


A terapia é o processo que vai transformar a folha em barquinho. Ela, com novas forças e mecanismos, agora ela fica inteira. Ela flutua. Singra novos mares. Se arrisca. Vai além. Por isso a terapia é um divisor de águas na vida de muita gente.


Um processo tão importante, precisa de uma boa parceria. Tem terapeutas de todo tipo, mas qual é o seu número? Qual é aquele que encaixa e fecha com você? Aquele a quem você entrega a alma enquanto afunda no sofá?


A gente pede indicação até para mexer no encanamento de casa, imagina se vai entregar sua alma em mãos desconhecidas!


Como encontrar o "seu Terapeuta ideal".


1- Peça Indicação


Pode ser conhecido?

Já que tem o sigilo profissional, ele não pode contar o que escuta, não teria problema.

A gente não pode contar para ninguém. O que se ouve ali, fica ali.


Veja bem, você vai falar coisas cabeludas para essa pessoa. Como vai se sentir na mesma festa com ela? No jantarzinho entre amigos? Vai se sentir à vontade? Se a resposta for NÃO, procure outra pessoa. Um desconhecido.


Pergunte aos amigos. Veja quem já está fazendo (se tiver melhorado). Pergunte ao seu médico. Médicos costumam ter indicações.


Em último caso, pergunte nas redes sociais. Só não aceite pessoas que se auto-indicam. Todos ótimos, mas passam uma impressão de desespero, de quem está a perigo, não é não? Quem falaria mal de si mesmo? Tome cuidado.


É por convênio? Busque no livrinho, mas não pare por aí. Jogue o nome do profissional no Google. Veja o que ele já fez. Por onde passou. Onde estudou. Escreve? Tem textos que você possa ler? Investigue. Não ter a ficha suja já é uma boa coisa, mas não é o suficiente.


2- A Ligação


Hoje em dia há os que ligam e os que mandam Whatsapp. Esse é seu primeiro contato. Preste bastante atenção em como você se sente.


De que forma o profissional te recebe? É simpático? Acolhedor? Ou mais calado e frio? Como você se sente ao desligar a ligação/mensagem? Guarde esse dado para somar com a entrevista.


Ainda nesse primeiro contato, pergunte o tempo de sessão.

Há profissionais que diminuem o tempo quando é convênio ou quando há diminuição no preço. O tempo, em geral, varia entre quarenta e cinco minutos e uma hora.


Há pessoas que trabalham com preços menores, e nem por isso o serviço em si ou sua qualidade devem ser "menores". Qualidade e sigilo devem permanecer independente do valor cobrado, ainda mais nestes tempos de pandemia. O bom senso deve ser comum e notório.


Pergunte sobre a linha que ele segue. Só para você ter uma ideia do que vai encontrar pela frente. Há tendências que estão na moda. Em geral, se bem feitas, com terapeuta competente, são todas boas.


3- O Preço

O preço se negocia? Sim. A qualidade da atenção, Não!”

Cada profissional tem o seu preço. Ele varia bastante. Há os que negociam o preço com cada cliente. Por isso há quem prefira conversar sobre o preço, com calma, na primeira entrevista. E não por telefone.

Não se trata de pechincha de fim de feira. Apenas um acerto para que a pessoa consiga fazer seu tratamento.

Em novos tempos há diversas modalidades de atendimento e método, com isso os valores também se alterarão. Há terapeutas para todos os públicos possíveis.


4- A Primeira Entrevista


Em geral, psicólogos não são como médicos que marcam horários curtos e deixam a sala de espera cheia de gente esperando.

Quando um psicólogo marcar uma hora com você, ele vai estar livre, te esperando, naquele horário.


Se você atrasar, estará perdendo o horário que poderia estar aproveitando.

Se tiver cliente depois de você, já era. Por isso, mesmo que o horário seja quebrado e esquisito, chegue na hora.


Caso o atendimento seja online, check todas as suas necessidades tecnológicas com antecedência para que você não "perca tempo" durante o horário escolhido.

Busque um ambiente silencioso, isento de pessoas para que você tenha toda a privacidade necessária (a mesma de um consultório), lembrando que você deve ter a liberdade de falar tudo o que gostaria de dizer ao seu terapeuta sem interferências externas.


5- Apenas Fale

“ A terapia é um divisor de águas na vida de muita gente.

Só falando você pode dar material para o psicólogo trabalhar. Então fale. Conte seus problemas. Fale sobre suas relações, seu trabalho, sua família, sua vida.


Conte sobre seus amigos, seus parceiros, seus medos, suas manias. Tudo o que tiver vontade de contar. E o que lembrar e não tiver vontade também. Não ter vontade de falar pode ser uma forma de resistir ao tratamento. Um mecanismo de defesa.


É comum o cliente chegar e esperar que eu o encha de perguntas. Posso perguntar algumas coisas, claro. No entanto, por mais difícil que seja abrir seu coração para um estranho, é preciso falar.


Não temos raio x, tomografia, nada. Você precisa falar para que a gente consiga entender como está por dentro. A fala é nosso material de trabalho. Colabore.


Não há ordem pré- determinada. Não há importante e pouco importante. Não há o menor problema em repetir muitas e muitas vezes a mesma coisa. O importante é falar. Deixar que saia, do jeito que conseguir, tudo o que estava guardado. Preso, sem conseguir escoar.

Importante, nesse momento, é ver como seu terapeuta reage à você.


Ao que você conta. Ao seu sofrimento. No início, a gente não tem muito o que apontar, mas uma postura empática é fundamental.


Geralmente, na primeira sessão, o cliente/ paciente sai mais aliviado. Com a sensação de que lavou a alma. Esse é um bom sinal.


6- Atenção do Terapeuta

Durante seu tempo de sessão, a Atenção do terapeuta tem que ser sua.

A relação entre o psicólogo e o cliente/ paciente é o que vai fazer toda a diferença no desenvolvimento da terapia.


Durante seu tempo de sessão, a atenção do terapeuta tem que ser sua.

Não é o momento de atender telefone (nem você, nem seu terapeuta).

De lanchar. De fazer qualquer outra coisa. Aquele tempo é seu. Você paga por ele.


Mesmo que seja convênio. Mesmo que seja um preço menor negociado.

Preço se negocia? Sim. Qualidade de atenção, não.


O psicólogo está ali para perguntar. Juntar dados. Interpretar seus sonhos, seus afetos, suas relações. Ele não precisa falar toda hora. Muito menos o tempo todo.


Há profissionais mais falantes. Outros mais quietos. Cada um tem seu jeito. Se você se sente desvalorizado, sem acolhimento, sozinho todo o tempo, talvez aquela pessoa não seja o terapeuta que você precise. Respeite sua intuição.


7- Tolerância


O psicólogo deve ser capaz de suportar raivas, ranços, rejeições.

Suportar os fracassos do cliente. As agressões à terapia. Atrasos e faltas. Tudo isso faz parte do processo terapêutico. O paciente não é uma fonte de satisfação do psicólogo. Ele não está ali para fazer a gente feliz.


8-Terapeutas NÃO julgam


Claro que a gente tem opinião política. Tem religião, uma ou várias. Essas são questões nossas. Da porta para fora. Ali, na sessão, não.


O terapeuta não está ali para te julgar. Nem para te catequizar ou desejar por você. Questões políticas e religiosas não serão discutidas nesse espaço. O cliente pode trazer o assunto. Vou entender a razão desse assunto estar sendo trazido. E trabalhar o que ele representa. Ponto.


Não cabe ao terapeuta desejar por você. Nem querer mudar suas opções sejam elas quais forem. Se seu terapeuta quiser te evangelizar, corra. Se vier com julgamentos, corra.


Se quiser te curar de alguma LGBT, corra e grite. Psicólogos que se apresentam como seguidores de uma religião, salvadores, curadores, desconfie. Você pode estar em grande perigo.


9- Você é a Prioridade


Quando uma pessoa busca uma terapia, ela chega fragilizada. Quebrada, sozinha. Tudo o que ela precisa é de acolhimento. Nesse espaço ela vai rever seus conceitos. Suas dificuldades. Rever questões. Crescer.


Esse vai ser um lugar só dela. Onde ela será escutada, valorizada. Onde ela vai poder falar absolutamente tudo o que quiser. Ali pode. Pode porque o psicólogo deve ter a empatia de se colocar no lugar do outro.


A preocupação de compreender mesmo o que não entende. De aceitar o que não aceita. Essa escuta faz a diferença. Se você fala e não se sente acolhido, se sente julgado, talvez seja hora de procurar outra pessoa.


10- Química


Achar um terapeuta é como buscar um amigo, um parceiro amoroso. O psicólogo, se for bom, jamais será seu amigo. Muito menos seu parceiro amoroso, mas é um encontro afetivo de confiança, de cumplicidade.


Tem que ter uma química afetiva. Uma vontade de ficar ali. De se sentir bem acolhida. Ali pode ser o seu lugar. Às vezes, o único de acolhimento e conforto.


Escolha um Bom Terapeuta e Seja Feliz!

Simone é Paulista, Psicóloga Clínica e Organizacional, atuando também como Life Coach e Coach de Carreira. Especialista em atendimento à adolescentes, adultos, casais e famílias, sob a abordagem da Terapia Comportamental e Cognitiva.


Simone G. Domingues

Psicóloga & Coach

CRP 06/88472

📲Atendimento online (11) 999140072 Profissional inscrita no E-Psi.

@psico_sidomingues

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